quinta-feira, 6 de novembro de 2008

ali, onde tento ser
o ser escorrega
ao brincar de vivo
alguém grita ao lado
garganta ocupada
pensamento calado

sábado, 1 de novembro de 2008

Carta a um amigo que cultiva um corvo

Xico, olhe esse seu corvo
Se não é um papagaio
Que Leite e Junior rima
E aposta no calendário

Xico, lhe tenho estima
Mas Edgar sacaneia
Assombra na lua cheia
E canta de galo e tudo

Deveria ficar mudo
Protesto da arquibancada
Que paga e ver que o extra
Rola melhor que a estrada

Lamento sorte caída
Mas o jogo da intriga
Dispensa a formosura

Lata velha, perna dura
Quem sabe faz, não se assombra
Se tem medo de cagar, não coma