segunda-feira, 14 de junho de 2010

Diz Nietzsche:"A má consciência é para mim o estado mórbido em que devia ter caído o homem quando sofreu a transformação mais radical que nunca houve, a que ele se produziu quando se viu acorrentado à argola da sociedade e da paz. À maneira dos peixes obrigados a adaptarem-se a viver em terra, esses semi-animais, acostumados à vida selvagem, à guerra, às correrias e aventuras, viram-se obrigados de repente a renunciar a todos os seus nobres instintos. (página 78. A genealogia da moral, Lisboa, Guimarães Editores, 1976).

Dizem da vida corrida desses dias atuais. Atiram na velocidade, na aceleração das experiências que compartimentalizam os momentos. Veio-me outra possibilidade: não se trata fundamentalmente de aceleração, mas principalmente de percurso.

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